Foi depravada
Dita da má vida
Fugida, desgarrada
Chamaram-lhe perdida
Foi mal amada
Deu-se por vencida
De escrúpulos despojada
Vendeu os seus favores
Por pouco mais que nada
Entregou-se a desamores
Com humanos desumanos
Ímpios aproveitadores
Daquela alma desregrada
Que naquela vida dura
Do nada se fez reencontrada
Sentindo-se insegura
Quis amar e ser amada
Ouço-a gritar ainda
Ao saber-se contaminada
Querida morte sê bem vinda
Mas não digas nada
Vem…
Vem sem dor
Sê a minha amada
E leva-me…
Leva-me ao Criador.
Animarolim . 2010-10-09