quarta-feira, 7 de setembro de 2011

DESDITOSA VIDA QUE AMOU A MORTE

Foi depravada

Dita da má vida

Fugida, desgarrada

Chamaram-lhe perdida

Foi mal amada

Deu-se por vencida

De escrúpulos despojada

Vendeu os seus favores

Por pouco mais que nada

Entregou-se a desamores

Com humanos desumanos

Ímpios aproveitadores

Daquela alma desregrada

Que naquela vida dura

Do nada se fez reencontrada

Sentindo-se insegura

Quis amar e ser amada

Ouço-a gritar ainda

Ao saber-se contaminada

Querida morte sê bem vinda

Mas não digas nada

Vem…

Vem sem dor

Sê a minha amada

E leva-me…

Leva-me ao Criador.

Animarolim . 2010-10-09